O Dia de Reis está associado ao bolo-rei e ao "cantar das janeiras" e põe fim às festividades de Natal e Ano Novo, tendo origem na Bíblia, o livro sagrado da Igreja Católica.
O dia que amanhã se assinala terá origem aqui, sendo o 06 de Janeiro mais importante do que o Natal para os cristãos ortodoxos. Assinala a visita de "reis magos" a Jesus, oferecendo-lhe presentes (em Espanha mantém-se a tradição de trocar presentes neste dia), e assinala ainda o fim das janeiras (cantares que na tradição eram religiosos).
Come-se bolo-rei, um doce tradicionalmente redondo, com frutos secos e cristalizados, que poderá ter origem nas festas de ano novo dos romanos mas que hoje simboliza as ofertas dos "reis magos".
Em Portugal, até recentemente, tinha dentro dele uma fava e um pequeno brinde, de metal, mas a hipótese de poder ser inadvertidamente engolido acabou com a tradição. Que já tinha estado em risco em 1910, quando da implantação da República, tendo de chamar-se durante algum tempo "bolo de Natal". Em 1911 houve mesmo uma proposta parlamentar, rejeitada, para alterar o nome para "bolo república".
A bíblia não faz referência a "reis" mas a magos e também não diz quem eram, mas o tempo encarregou-se de afiançar que eram Belchior, Gaspar e Baltazar, que nalgumas culturas têm a mesma representatividade do que o "pai Natal", sendo as renas substituídas pelos camelos, nos quais os tais magos, diz a tradição, iriam montados.
Em alguns locais de Espanha deixam-se sapatos na janela durante a noite com erva para alimentar os camelos dos reis, um gesto premiado com doces no amanhecer de hoje. Nada parecido com o ouro, incenso e mirra que ofereceram os reis magos há mais de dois mil anos.
E à falta de reis, cantares e bolos é a tradição que conta.
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