Diz a história indiana, que o Taj Mahal foi construído em memória da mulher, pela qual, um dia, Shah Jehan se apaixonou : Mumtaz Mahal, “A escolhida do Palácio”.
Ela era apenas uma garota, quando ele caiu de amores pela sua beleza, num mercado. Diz a lenda, que ela era tão linda, que parecia uma imagem saída de uma miniatura persa. Depois de a cortejar por algum tempo, casou-se com ela e transformou-a em imperatriz e sua conselheira.
Mumtaz Mahal era venerada pelo povo, pois tinha especial carinho pelos pobres. Também era muito amada pelos poetas e artistas, em geral.
Depois de 19 anos de casados, ao dar à luz o seu décimo quarto filho, Mumtaz Mahal morreu de parto, deixando o esposo, inconsolável. Tinha 34 anos.
Embora Shah Jahan tenha tido outras esposas, a sua predileta sempre foi Mumtaz Mahal.
O imperador fez luto durante dois anos. Não usava jóias nem trajes sumptuosos, recusava-se a ouvir música e a participar em festas. A vida havia perdido o sentido para ele.
Shah Jehan entregou o comando das campanhas militares aos seus filhos, dedicando-se inteiramente à construção do Taj Mahal, mausoléu dedicado à falecida esposa e construído sobre o seu túmulo. O nome é, na verdade, uma abreviação do nome da sua amada: Mumtaz Mahal.
Diz a lenda, que já pressentindo a chegada da morte, ela teria pedido ao imperador que construísse um monumento “à felicidade partilhada”.
Passado o período crítico de luto, pela morte da esposa, o imperador Shah Jehan tornou-se obcecado pela arquitetura. Compreendeu que os monumentos poderiam sobreviver à fugacidade do tempo e à fragilidade da vida humana.
A parte mais famosa do mausoleu é a túmulo de Mumtaz Mahal (Jóia do Palácio) com a cúpula de mármore branca, mas também inclui mesquitas, torres e outros edífícios.
O imperador mongol deixou, em Delhi, obras fabulosas como a luxuosa sala das Audiências Públicas, com painéis de mosaico florentino em mármore negro, e tetos de ouro e prata; a sala das Audiências Privadas, com tetos de ouro e prata e colunas de filigrana, onde se encontra o famoso Trono do Pavão, comentado em todo o mundo. Ele foi responsável pela construção de palácios, mesquitas, jardins e mausoléus.
Quando Shah Jahan ficou doente,o seu filho Aurangzeb aproveitou-se da sua fragilidade para o encarcerar e ocupar o trono, deixando-o em cativeiro até à sua morte.
Conta a lenda, que ele passou os últimos dias da sua vida, olhando fixamente para um pequeno espelho o reflexo do Taj Mahal e morreu com o espelho agarrado à mão.
Hoje, os restos dos corpos de Shah Jehan e Mumtaz Mahal estão juntos, dentro de uma cripta, debaixo de uma cúpula branca, dentro do Taj Mahal.
Nossa, ao mesmo tempo que a história é triste, ela é interessante, gostei bastante.
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