O teu bem-estar e saúde são para mim um dos grandes objetivos e anseios.
Tenho como sempre sentido a necessidade de ti! Como se esse desejo e avidez da tua pele e do teu cheiro, me perseguissem numa corrida sempre inglória e desprovida de metas e intenções de chegada.
Onde estás, que não consigo encontrar-te no silêncio, nem na 5ª avenida de Nova York, onde apesar do bulício infernal e assustador, se encontram e procuram as mães de todo o mundo?
Sabes que em momentos de clarividência, ou então no absurdo e completo despojamento de sentido, ainda me escorrem lágrimas daquelas que insistem em não desaparecer? Penso por vezes se não serão ainda vestígios do líquido amniótico em que cresci feliz durante semanas. Creio que existem fontes que não morrem, sobretudo aquelas que nunca encontram a sua foz, para finalmente encontrarem a paz e o sentido da existência.
Por falar em existência, consegues lembrar-te da razão por que eu aconteci?
Foi apenas uma ironia, ou estruturaste todos os conteúdos cuidadosamente, como se pretendesses construir uma obra-prima?
Bom, creio que obra-prima ou um projeto mal alicerçado, sempre te sentiste defraudada com a concretização das tuas intenções.
Desculpa! Creio que o meu espírito rebelde e interventivo acabou por modificar genes, propósitos e planos.
Acredita que lamento! Pelas duas… Eu, porque passei e passarei longos espaços a delinear casas, ruas, momentos, risos e cumplicidades, que não verei realizados. Tu, porque relegaste e preteriste um amor daqueles já tão em desuso, que apenas existem em livros de ficção ou em filmes suaves e ternurentos de domingo à tarde.
Penso todos os dias desistir, mas é tão grande o teu nome e o que encerras, que continuo na obstinada persistência que “se calhar…, talvez…”
Eu e o meu desejo de sobreviver, e de parecer forte, quando na verdade o meu coração é tão sensível como o de um eminente AVC, ou sincope cardíaca.
Gostava de te ver por aí, mas de te ter, e estar contigo numa relação simbiótica e eterna. Naquele cruzar de olhos e entendimento que persistem depois da morte e de tudo quanto é explicável.
Quanto teria para te dar! Tão gratuito que acharias impossível, em alturas que o preço de tudo é tão alto e quase impossível de contabilizar. Serias uma rainha! Terias um trono, joias, cavalos, pajens, castelos e alegria. Muita alegria! Jamais terias esse ar triste, desprovido de sorrisos e tão amargurado… Dar-te-ia tudo o que apenas usufruem os poderosos e os felizes de coração.
Imagina eu, que sou isenta de materialidades e bens efetivos. Os que tenho, são apenas os que encerro e encontro nesse lugar inexplorado e quase esquecido, que é a alma! Esse, nunca quiseste desnudar e até simplesmente entrar!
Creio que tens algum receio de penetrar essa porta e de perceber… Mas vê só, “A Alice no país das Maravilhas” e o “Feiticeiro de Oz”. Encontraram um sítio lindo e fantasioso, onde nada dói, nada chora nem destrói.
TENHO UMA IDEIA!! Será que com os teus oitenta anos, ainda serias menina para brincar?? E se começássemos enquanto é tempo, à procurar de um sítio como a Alice e o Feiticeiro? Será que encontraríamos a terra de Oz?
Vá lá mãe! Aceita! Eu preciso tanto de brincar contigo! Preciso de saber se quando escondes as tuas lágrimas, a sós comigo, não darias uma estridente e sonora gargalhada, que te foi tantas vezes proibida!
Fico eternamente à espera da tua resposta ao meu desafio. Um só dia compensaria tantos anos esquecidos e em vão!
Anda! Não receies! Levar-te-ei por esse labirinto de histórias, em que vivo e me desloco com algum sucesso.
Vamos espantar o mundo e deixar que todos pensem que enlouquecemos de felicidade!
Espero por ti… Aliás como sempre e com uma inabalável e indestrutível esperança.
Beijo te
Tua filha
Nita
MARIA MOURA escreveu
Gostava de te ver por aí, mas de te ter, e estar contigo numa relação simbiótica e eterna. Naquele cruzar de olhos e entendimento que persistem depois da morte e de tudo quanto é explicável.
Quanto teria para te dar! Tão gratuito que acharias impossível, em alturas que o preço de tudo é tão alto e quase impossível de contabilizar. Serias uma rainha! Terias um trono, joias, cavalos, pajens, castelos e alegria. Muita alegria! Jamais terias esse ar triste, desprovido de sorrisos e tão amargurado… Dar-te-ia tudo o que apenas usufruem os poderosos e os felizes de coração.
Imagina eu, que sou isenta de materialidades e bens efetivos. Os que tenho, são apenas os que encerro e encontro nesse lugar inexplorado e quase esquecido, que é a alma! Esse, nunca quiseste desnudar e até simplesmente entrar!
Creio que tens algum receio de penetrar essa porta e de perceber… Mas vê só, “A Alice no país das Maravilhas” e o “Feiticeiro de Oz”. Encontraram um sítio lindo e fantasioso, onde nada dói, nada chora nem destrói.
TENHO UMA IDEIA!! Será que com os teus oitenta anos, ainda serias menina para brincar?? E se começássemos enquanto é tempo, à procurar de um sítio como a Alice e o Feiticeiro? Será que encontraríamos a terra de Oz?
Vá lá mãe! Aceita! Eu preciso tanto de brincar contigo! Preciso de saber se quando escondes as tuas lágrimas, a sós comigo, não darias uma estridente e sonora gargalhada, que te foi tantas vezes proibida!
Fico eternamente à espera da tua resposta ao meu desafio. Um só dia compensaria tantos anos esquecidos e em vão!
Anda! Não receies! Levar-te-ei por esse labirinto de histórias, em que vivo e me desloco com algum sucesso.
Vamos espantar o mundo e deixar que todos pensem que enlouquecemos de felicidade!
Espero por ti… Aliás como sempre e com uma inabalável e indestrutível esperança.
Beijo te
Tua filha
Nita
MARIA MOURA escreveu
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.