Como tudo na vida, este ano letivo chegou ao fim. Lavoisier deixou registado que nada se perde tudo se transforma. A memória das leituras continuará a revelar-se uma sementinha fértil naqueles que ativamente nele participaram, nos alunos do Agrupamento e nos professores que muito aprenderam com estes alunos, sobre formas de motivar à leitura, no ano letivo de 2011/2012.
Promover o gosto pela leitura é algo que nos parece transcender o meramente racional, porque ninguém lê bem por obrigação. Os afetos estão na base do incentivo à leitura e foi neles que encontrámos o espaço para a leitura recreativa .
Outros projetos nascerão com os mesmos e outros alunos. Afinal, é esta a realidade do professor: ajudar os alunos a crescer e, no final, recomeçar a viagem com novos alunos e iluminar-lhes o caminho das viagens que poderão realizar para se tornarem mais pessoas.
E porque o caminho da leitura é o único que pode fazer a diferença para uma sociedade mais justa e mais feliz, encerramos as atividades com alunos, até setembro, com palavras de C.S.Lewis sobre a experiência da leiura.
“A experiência literária cura a ferida da individualidade, sem lhe minar o privilégio. Há emoções de massa que também curam a ferida, porém destroem o privilégio. Nestas, os nossos seres isolados fundem-se entre si recaímos na subindividualidade. Mas, ao ler a grande literatura, torno-me mil seres diferentes, sem deixar de ser eu próprio. Como o céu nocturno no poema grego, vejo com uma miríade de olhos, mas sou sempre eu que vejo. Aqui, tal como no acto religioso, no amor, no acto moral e no saber, transcendo-me a mim próprio. E nunca sou mais eu próprio que ao fazê-lo.”
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