MANUEL ANTÓNIO PINA
Apresentação de “Todas as palavras - poesia reunida”, de Manuel António Pina -Feira do Livro do Porto, 8 de Junho de 2012
por João Luís Barreto Guimarães
... Manuel António Pina: a sua poesia já nasceu madura. MAP reuniu a sua obra poética em três momentos, e fê-lo sempre com a atitude inclusiva de não rejeitar nenhum dos seus poemas, o que apraz realçar. Porque esse tipo de opção tem a vantagem de deixar perceber um percurso, um caminho, os alicerces de uma poética, da sua formulação à complexidade. E que percurso é esse, em MAP? Qual a importância do caminho na poesia de MAP?Uma das caracteristicas mais evidentes que esta releitura realça, e que simultaneamente mais seduz na poética de MAP, é a visão de mundo, o ponto de vista, a perspectiva, a posição de permanente dúvida e questionamento em que a personna que fala nos seus poemas, se coloca:“Kindergarten" : "As filhas brincam fora de o quê, / que infinitamente se interroga? / O fora de elas é dentro / de que exterior centro? // Quem está lá aqui / assistindo a isto e a mim, / e às filhas brincando e ao jardim? / Que coisa essencial em qualquer sítio perdi? // Também eu ou alguém brincou há muito tempo / em outro jardim, brincando. / Sem que palavras lá estando? / Fora de que memória não me lembrando?” (p. 147)É lícito interrogarmo-nos se entendemos o poema: o poeta está dentro, ou fora do jardim?
... Manuel António Pina: a sua poesia já nasceu madura. MAP reuniu a sua obra poética em três momentos, e fê-lo sempre com a atitude inclusiva de não rejeitar nenhum dos seus poemas, o que apraz realçar. Porque esse tipo de opção tem a vantagem de deixar perceber um percurso, um caminho, os alicerces de uma poética, da sua formulação à complexidade. E que percurso é esse, em MAP? Qual a importância do caminho na poesia de MAP?Uma das caracteristicas mais evidentes que esta releitura realça, e que simultaneamente mais seduz na poética de MAP, é a visão de mundo, o ponto de vista, a perspectiva, a posição de permanente dúvida e questionamento em que a personna que fala nos seus poemas, se coloca:“Kindergarten" : "As filhas brincam fora de o quê, / que infinitamente se interroga? / O fora de elas é dentro / de que exterior centro? // Quem está lá aqui / assistindo a isto e a mim, / e às filhas brincando e ao jardim? / Que coisa essencial em qualquer sítio perdi? // Também eu ou alguém brincou há muito tempo / em outro jardim, brincando. / Sem que palavras lá estando? / Fora de que memória não me lembrando?” (p. 147)É lícito interrogarmo-nos se entendemos o poema: o poeta está dentro, ou fora do jardim?
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