
17 de Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e dos Sem - Abrigo
«Em 1992, a Assembleia Geral, registando com satisfação o facto de algumas organizações não governamentais, por iniciativa de uma delas (o Movimento Internacional ATD Quarto Mundo, com sede em França), terem celebrado em numerosos países o dia 17 de Outubro como Dia Internacional de Luta contra a Pobreza Extrema, declarou essa data Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (resolução 47/196, de 22 de Dezembro). A celebração deste dia tem como objectivo chamar a atenção para a necessidade de erradicar a pobreza e a miséria em todos os países, em especial nos países em desenvolvimento. Tal necessidade tornou-se uma prioridade do desenvolvimento.»
O empobrecimento das famílias em Portugal é uma realidade. Tendo em conta a análise da AMI, nestes primeiros seis meses de 2008, registou uma tendência para o aumento deste tipo de casos. Estas conclusões decorrem da análise do número de pessoas que recorreram de Janeiro a Junho de 2008, aos equipamentos de apoio social da AMI espalhados por todo o país e da sua comparação com igual período de 2007.
Assim, no primeiro semestre de 2008 procuraram o apoio social da AMI, 4695 pessoas (cerca de 64% do valor total de pessoas que recorreram à AMI durante os 12 meses de 2007), aproximando-se de totais anuais de anos anteriores. A grande maioria destas pessoas encontra-se em plena idade activa, entre os 21 e os 59 anos de idade.
A pobreza persistente agravou-se e os elevados números de novos casos continuaram ao longo do primeiro semestre de 2008, com 1400 pessoas a recorrer pela primeira vez ao apoio social da AMI.
O principal motivo verbalizado de recurso aos centros Sociais Porta Amiga é a precariedade financeira. O serviço que maior procura registou neste período de tempo foi o de distribuição de géneros alimentares, roupa e medicamentos. De salientar que a quantidade de alimentos é cada vez menor, enquanto aumenta o número de famílias apoiadas.
74 pessoas beneficiaram do serviço de Apoio Domiciliário da AMI nestes primeiros seis meses, com 93% do(a)s utentes na faixa etária sénior, ou seja, acima dos 70 anos de idade, um número muito acima da média anual verificada ao longo dos últimos 8 anos.
Por seu lado, os Abrigos Nocturnos verificaram também uma maior afluência de novos casos de homens Sem-Abrigo relativamente ao número total do ano anterior.
Também nas equipas de Rua (que servem as cidades de Lisboa, Porto e V.N. de Gaia) se observou este fenómeno de crescimento. Nos primeiros seis meses do ano, foram registados 60 novos casos, contra os 85 que a AMI atendeu durante todo o ano de 2007. Estes números dão conta de uma situação alarmante relativamente ao crescente fenómeno de pessoas em situação de Sem-Abrigo.
Um balanço que retrata uma situação preocupante no que respeita à capacidade da AMI e de outras ONG/IPSS darem respostas que impeçam o alastrar da pobreza em Portugal.
Departamento de Informação e Comunicação
Fonte:AMI
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